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terça-feira, 25 de maio de 2010

JOÃO ALVES FILHO e as eleições em 2010


CINFORM – O senhor teme enfrentar Marcelo Déda numa eleição de governador, com ele no Governo?


João Alves Filho – Absolutamente! Ao contrário, me estimularia muito ter direito a um segundo ‘round’ enfrentando Marcelo Déda. Quanto à questão de temores eu gosto de plagiar Juscelino Kubistchek, um de meus maiores ídolos, resumindo um traço intrínseco à minha personalidade tantas vezes comprovado na minha vida política: “Deus me privou do sentimento do medo”.


CINFORM – O senhor perdeu pra Déda em 2006 na mesma situação em que ele se encontra – sendo governador, o que ‘parece’ dizer que ele também pode perder. Mas diferente do senhor, que vinha de três, este é o primeiro Governo dele. O senhor acha que Déda estaria desgastado ao ponto de os sergipanos lhe chamarem de volta ao comando de Sergipe?


JAF – Primeiro, política não é matemática em que podemos fazer projeções usando uma fria racionalidade. Não prevalece o raciocínio de que só pelo fato de alguém ‘apenas’ ter exercido um mandato de governador, o eleitorado esteja disposto automaticamente a lhe conceder uma nova oportunidade de governar o Estado. Bem como não é lógico se presumir que um cidadão que tenha exercido por três vezes o Governo do Estado – e se o fez é porque os eleitores encontraram nele méritos na forma de governar – esse mesmo povo esteja naturalmente ‘cansado’ dele e não o mais aceite como governador. Pelo que percebo de modo claro, o povo decidirá seu voto de forma objetiva: qual a capacidade que cada um demonstrou em seus respectivos mandatos ou pelo seu passado, avaliando de modo consistente suas ações. Devo esclarecer que essa afirmação não é ‘achismo’, mas é o que tenho constatado em pesquisas quantitativas e qualitativas – estas as que mais valorizo porquanto leem o que se passa nos corações e mentes da nossa gente. A propósito, essas pesquisas me têm deixado extremamente surpreendido pelo grau de maturidade que tenho captado crescentemente dos sentimentos nos sergipanos: eles de repente ficaram desiludidos com promessas e discursos bonitos e estão deliberados a cobrar dos candidatos a governador benefícios permanentes para a sociedade. O rigoroso exame do passado dos que se propõem a governá-los será o principal balizamento para definir o seu voto. Por último, mas não por fim, cada vez mais essas pesquisas me têm deixado feliz pelo grau de afeição ascendente, que generosamente os sergipanos me têm demonstrado nesses menos de 90 dias nos quais voltei a residir em Aracaju, não obstante, por razões conhecidas, eu tenha sido obrigado a um exílio involuntário de quase 2 anos morando em São Paulo.

CINFORM – A mesma máquina que teria atuado contra o senhor e a favor de Déda em 2006 – o Governo da União, a PMA – conta agora com a máquina do Estado. Não é uma convergência de fatores que lhe intimidariam?

JAF – Não, até porque essa é uma faca de dois gumes. Se eles estivessem realizando uma bela obra administrativa, funcionaria como fatos cumulativamente positivos para Déda. Como, lamentavelmente, isso não está ocorrendo seja quanto ao administrador municipal e, por igual, com referência ao próprio governador – tanto no que compete à realização de obras fundamentais, como ao relacionamento com o funcionalismo, à precariedade inédita dos setores essenciais da saúde, da segurança pública, do abastecimento de água e da eficiência do ensino da rede estadual, além da relação eticamente indefensável com ONGs obscuras – toda essa suposta soma de poderes pode resultar num efeito ‘boomerang’. Isto é, ao invés de ajudar o candidato oficial, dá farta munição à oposição.

CINFORM – O senhor não acha que o seu histórico – o do João que faz, o João obreiro – cansou os sergipanos?

JAF – De fato, o maior ‘defeito’ que a oposição me atribui e prova é que João Alves não passa de um mero ‘mestre de obras’. O que eles não acrescentam é que tenho orgulho de ser um obreiro, mas não de obras supérfluas, mas todas concebidas dentro de um planejamento rigorosamente definido, visando não apenas o bem dos meus conterrâneos, mas sobretudo as gerações futuras. Recebo essa suposta acusação como elogio e pelas manifestações que tenho do povo, entendo que essa minha postura é vista como ponto positivo. O que procuro ser é um obreiro sim, mas com objetivos bem definidos dos reflexos que essas obras representarão para o presente e, sobretudo, para o futuro de Sergipe, dentre tantas, imagine o que seria Aracaju se há 34 anos, como prefeito, eu não tivesse contratado o maior urbanista brasileiro, Jaime Lerner, para planejar o futuro da nossa capital, implantando 14 avenidas, algumas passando por áreas desabitadas e hoje super povoadas, derrubando morros e tendo a coragem de desapropriar, sempre com diálogo e pagando preço justo, mais de mil imóveis para dar passagem a elas. Quanto ao Estado, seria longo relatar nossas intervenções. Hoje o que o povo transmite é sua angústia pelo marasmo de Sergipe do presente, é sua frustração por enxergar em seu governante uma lamentável inapetência administrativa e uma frustrante falta de criatividade. Anseia por alguém que retome o frenético ritmo de obras e ações do passado recente que elevou Sergipe à condição de ter o melhor IDH do Nordeste.


CINFORM – O senhor acredita que José Serra mantém a dianteira perante Dilma Rousseff, e o que isto lhe beneficiaria num processo sucessório sergipano?

JAF – Não tenha dúvida quanto a isso, sobretudo em Sergipe, onde, segundo pesquisas recentes, Serra está disparado à frente da Dilma. Seu apoio a um candidato a governador de Sergipe funcionaria na mesma proporção que Déda teve na eleição passada, recebendo apoio de Lula, porque à época foi passada à população, apoiado em pesquisas, unânimes, a certeza de que ele seria o presidente e, portanto, traria muitos benefícios ao Estado se o governador fosse um aliado seu.

CINFORM – O senhor trouxe para a eleição de 2002 um discurso de que houvera se renovado de 1998, quando perdeu para Albano Franco, e assim derrotou José Eduardo Dutra. Que discurso o senhor traria para os sergipanos em 2010 frente a Déda?

JAF – Admitindo a hipótese, não confirmada, de que eu venha a ser candidato a governador, teria mensagens indiscutivelmente plausíveis. Primeiro deixei em 2006 o Estado em condição de se transformar na primeira unidade da federação brasileira a erradicar a miséria absoluta e implantar um projeto auto-sustentável. Isso não é um sonho: o projeto está pronto e teve o aval da ONU, através do Via Rápida. Deixaria concluído o projeto da refinaria, que logo após minha saída do Governo foi aprovado pela ANP, demonstrando que a obra tão ansiosamente esperada pelos sergipanos não era um sonho. Com o acréscimo a ela de outras indústrias que produzem derivados de petróleo, melhoraria a economia de todos os municípios próximos do litoral norte. Deixei aprovada a ZPE que geraria milhares de empregos ao lado do Porto, faltando apenas a regulamentação pelo Congresso, o que já aconteceu com minha assessoria consistente no ano passado. Temos recursos aprovados pelo BID que revolucionariam o sertão, que não foram implantados pela perseguição do Governo Federal a pedido dos seus aliados locais. Com a estrutura que deixamos pronta, bastaria continuar sua implantação com a mesma determinação e com a mesma racionalidade para com relativamente poucos recursos Sergipe ter uma das melhores seguranças públicas, um dos melhores sistemas de saúde pública e uma qualidade de ensino a nível de excelência no país. E o dinheiro para tudo isso? Simples: se com recursos próprios e enfrentando a radical perseguição do Planalto, implantamos o maior canteiro de obras do Nordeste, o que não faríamos com um presidente aliado e os R$ 6,3 bilhões de capacidade de endividamento que entregamos o Estado ao governador Marcelo Deda?

CINFORM – De zero a 10, quais as chances de o senhor disputar o Senado em 2010?

JAF – Um dos meus maiores mestres políticos foi Tancredo Neves. Ele me ensinou: “João Alves, política não se planeja nem com as realidades do ano, do mês ou da semana, mas com as realidades do dia”. Retomo essa lição para dizer que em política prever o que vai acontecer a mais de um ano à frente é uma incógnita. Considerando essa análise e para não lhe deixar sem resposta, digo o seguinte: se a eleição fosse amanhã, de zero a dez, a possibilidade de eu optar pelo Senado seria dois. Quanto a julho de 2010, minha decisão não dependerá só de minha vontade. Eu serei candidato ao cargo que o povo sergipano entender que no seu desempenho poderei ser mais útil a Sergipe.

CINFORM – Que visão o senhor teria da análise que aponta que o DEM só fará um senador por Sergipe se for com o senhor o candidato?

JAF – Sou claramente contrário a essa concepção. Temos bons quadros dentro do DEM e dos nossos aliados. Lutaremos para fazer dois senadores, mas com absoluta certeza faremos um.

CINFORM – O senhor veria no deputado federal José Carlos Machado um político com perfil de disputar o Governo de Sergipe em 2010?

JAF – Conheço José Carlos Machado intimamente há mais de três décadas, período em que em diferentes oportunidades foi meu braço direito nos cargos que exerci. Daí porque tenho autoridade em afirmar: não conheço um executivo melhor do que Machado, além de ter um belo lastro cultural e de conhecer Sergipe a fundo. Em resumo: trata-se de um dos poucos políticos sergipanos aptos para exercer qualquer cargo, seja de governador, senador ou ministro.

CINFORM – Como é que o senhor vê o DEM sem candidato a presidente da República? Isto não fragiliza o partido nos âmbitos regionais?

JAF – O ideal é que tivéssemos um candidato próprio. Política, contudo, não é a arte do ideal, mas a do possível. O momento agora é do PSDB, mas o DEM tem um projeto de médio e longo prazo. Tenho certeza que dentro dos próximos anos teremos um presidente do nosso partido, que hoje pelo seu ideário liberal-social, claramente exposto à população e coerência de idéias, tem-se destacado como a verdadeira oposição ao Governo Federal. Mais ainda: é o partido de maior unidade de seus quadros, onde não há grupos internos que se confrontam nem jamais precisou apelar para o fechamento de questão no Congresso, a fim de que todos seus parlamentares votassem uníssonos nas matérias essenciais. Essa é uma das posturas que o destaca dos demais partidos.

CINFORM – Como ocorreu nas duas eleições de FHC – 2004 e 2008, com Marco Maciel –, o DEM necessariamente tem de entrar na chapa de Serra com um candidato a vice-presidente?

JAF – Uma característica muito elogiável nos Democratas é que não barganhamos cargos. Procuramos ser coerentes com nossas idéias a favor do Brasil. Somos oposição ao Governo Federal e entendemos que o candidato do PSDB tem as melhores condições de viabilizar um salto econômico e social no país rumo ao primeiro mundo. Daí porque, para facilitar sua vitória, abrimos a vaga de vice-presidente para um eventual candidato do PMDB ou uma chapa puro sangue que garanta a união dos maiores colégios eleitorais do país: São Paulo e Minas Gerais.

Fonte: http://www.interativ.com.br/t,1629,joao_alves_em_entrevista_recente_ao_cinform.html

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS - 2010


ELEIÇÕES: Dilma sobe 7 pontos e empata com Serra, aponta Datafolha



A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, atingiu sua melhor marca até hoje numa pesquisa Datafolha e está empatada com José Serra (PSDB). Ambos estão com 37%. O levantamento foi realizado ontem e anteontem com 2.660 entrevistas.


A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Marina Silva (PV) aparece com 12%. Os que votam em branco, nulo ou em nenhum somam 5%. Indecisos são 9%. Na comparação com a última pesquisa Datafolha, realizada em 15 e 16 de abril, Dilma teve uma alta de sete pontos percentuais -de 30% para 37%. Já Serra caiu cinco pontos, saindo de 42% para os mesmos 37%.


Essa é a primeira vez que ambos aparecem empatados no Datafolha, que traz outros números positivos para a petista.


Matéria completa para assinantes da Folha de São Paulo



FONTE: http://www.nenoticias.com.br/lery.php?var=1274525431

ELEIÇÕES 2010 - DEP.FEDERAL


Dutra oficializa desistência da disputa por uma vaga de deputado federal


Blog de Katia Santana



Em entrevista coletiva à imprensa, o presidente nacional do PT, ex-senador José Eduardo Dutra, anunciou a sua decisão de desistir da disputa por uma das oito vagas de deputado federal por Sergipe.


Ele justificou na necessidade de se dedicar exclusivamente à campanha da ex-ministra da Casa Civil, Dilma Roussef (PT), à presidência da República. “Foi uma decisão difícil, tomada quase de forma solitária. Mas estou convencido que foi a mais correta”, disse Dutra, em entrevista coletiva à imprensa na sede do Sindicato dos Bancários, em Aracaju. “A minha desistência foi motivada por um projeto maior: fazer o sucessor do presidente Lula”, completou.



Dutra disse que a eleição de Dilma é mais importante para o Partido dos Trabalhadores e para todos que fazem a agremiação. “Vou trabalhar incansavelmente pelo sucesso da campanha presidencial. Vou fazer tudo aquilo que estiver ao meu alcance, e tentar fazer o que não está, para que não somente os sergipanos, mas os brasileiros vejam uma mulher presidindo o nosso país”, afirmou o presidente petista.



Com uma pré-candidatura consolidada em Sergipe e contando com o apoio e a simpatia de Marcelo Déda, ele avisou que vai estar fora do páreo, mas quer continuar à disposição de todos aqueles que haviam firmado compromisso com a sua candidatura. “Não serei candidato a deputado, mas qualquer que seja o resultado das eleições, os companheiros vão continuar contando comigo”, adiantou, negando que possa ser ministro caso Dilma seja eleita. “Ela não está pensando em indicação de cargos. Primeiro porque dá azar, e depois porque seria arrogante”, ensinou.


FONTE: NE NOTICIAS